domingo, 9 de agosto de 2009

Feliz é o animal


Feliz é o animal que não precisa pensar em nada!

Aí vem o infeliz do homem querer dar significado à sua existência, colocando os bichinhos pra falar, pra pensar, divertir os outros, obrigá-los a dar carinho. Como se já não bastasse arrancar-lhes o couro, o pêlo, os dentes, os filhos, a gordura, a carne, os ovos e o sangue.

Me diz... Quem foi que disse que o Michey Mouse, queria falar, dançar e tudo mais?... Tudo bem ele é “dono” de um império, mas sabe lá Deus se ele não preferia ser somente um ratinho!... E além do mais dono uma pinóia! O carrasco de todos os animais animados da Disney é que lucrou com tudo isso! Enriqueceu às custas da imagem de inúmeros animais que ele por pura carência fez falar, dançar e ter conflitos que ele não achou suficiente só os homens terem. E não me venha dizer que isso foi um presente para os pobres animais! Não foi não!

Neste exato momento, por exemplo, poderíamos imaginar um ratinho de esgoto criando um humano com todas as características animais: com instintos a flor da pele e sem razão alguma. Como seria? Se ia fazer sucesso no mundo animal eu não sei, mas uma coisa é certa, para nós humanos não faria a menor diferença... Rapidamente iríamos achar uma série de motivos para chamá-lo de louco e o jogaríamos num desses hospícios / depósitos. Aí ele de repente, daria vazão aos seus mais racionais hábitos, mostrando-se um pouco homem e se expressando através da arte, quem sabe? Daí, mais uma vez, apareceria um “Walt Disney” da vida tentando decifrar o seu maior passatempo: desenhar.

Pronto! Vai surgir um artista!...
Mas artista não tem que ter consciência da sua obra?
Eu hein!
Animais sem razão não precisam de explicação, eles simplesmente são!

Eliomar Bonavita

*Texto extraído do processo

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